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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

73 - Morreu o sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman




O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman, criador do conceito de modernidade líquida e considerado um dos principais intelectuais do século XX, morreu nesta segunda-feira (9 de janeiro de 2017) em Leeds, na Inglaterra, aos 91 anos, informou o jornal “Gazeta Wybocza”. A causa da morte não foi divulgada.
Em seus livros como “Amor líquido” (2003), Bauman discutiu como as relações da sociedade tendem a ser menos frequentes e duradouras. Esse conceito da “modernidade líquida”, para ele, valia para campos tão distintos como arte, relacionamentos, economia e política, por exemplo.
Ele trabalhava como sociólogo e professor emérito de sociologia na Universidade de Leeds havia mais de 30 anos. Sua obra se caracterizou por uma visão crítica da sociedade pós-moderna e globalizada.
Ao longo de sua carreira como escritor, que iniciou na década de 1950, Bauman desenvolveu uma sociologia crítica e emancipadora. Abordou temas como as classes sociais, o socialismo, o Holocausto, a hermenêutica, a modernidade e a pós-modernidade, o consumismo e a globalização.

Dentre suas obras já publicadas no Brasil, destacam-se:

Modernidade líquida












Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos












Vida líquida












Tempos líquidos












Globalização – As consequências humanas












O mal-estar da pós-modernidade












Vidas desperdiçadas












Europa, uma aventura inacabada












Ética pós-moderna












Entre outros prêmios e reconhecimentos, Bauman foi agraciado com o Prêmio Amalfi de Sociologia e Ciências Sociais (1992), o Theodor W. Adorno (1998) e o Príncipe de Astúrias de Comunicação (2010).
Em seu livro mais recente, “Obcym u naszych drzwi”, publicado em 2016, o professor discutiu a crise da imigração mundial e o pânico por ela causado. A última obra de Bauman traduzida para o português foi “A riqueza de poucos beneficia todos nós?”, lançada em 2015.




















Perfil

Zygmunt Bauman nasceu em Poznan, Polônia, em 1925, em uma família judia. Em 1939, mudou-se com a família à União Soviética fugindo dos nazistas. Mas tarde, após alistar-se no exército polonês no front russo, retornou ao seu país de origem, onde durante anos deu aulas de filosofia e sociologia na Universidade de Varsóvia.
Com 19 anos, filiou-se ao Partido Comunista, do qual fez parte até 1967. Durante três anos, serviu no chamado “exército interior”, a força encarregada de “reprimir o terrorismo no interior do país”.
Ao longo de 15 anos, Bauman sofreu a perseguição dos serviços secretos poloneses. Chegou a ser expulso da universidade e foi proibido de publicar livros e artigos.
Em 1968, por causa de perseguição a judeus, tanto ele como sua esposa, Janina, perderam seu trabalho na Polônia, e se viram obrigados a exilar-se em Israel, onde Bauman começou a dar aulas na Universidade de Tel Aviv.
Após trabalhar como professor de sociologia nos Estados Unidos e no Canadá, em 1971 ele finalmente se transferiu para a Inglaterra e se fixou como professor na Universidade de Leeds.




David Rubens

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

72 - Platão - O Sofista. Martin Heidegger


No Sofista, Platão considera o ser-aí humano em uma de suas possibilidades mais extremas, a saber, na existência filosófica. E, em verdade, Platão mostra indiretamente aquilo que o filósofo seria, na medida em que explicita o que o sofista seria. E ele não nos mostra essas determinações, na medida em que apresenta um programa vazio, isto é, na medida em que diz o que seria preciso fazer, caso se queira ser filósofo, mas na medida mesmo em que ele filosofa. Pois só se pode dizer concretamente o que seria o sofista, como não filósofo propriamente dito, se se vive por si mesmo na filosofia. 
Formato: 14 X 21
Páginas: 764
Editora: Forense universitária




Sumário

NECROLÓGIO PARA PAUL NATORP
CONSIDERAÇÃO PRÉVIA
PARTE INTRODUTÓRIA
PRIMEIRO CAPÍTULO -  A visão panorâmica preparatória dos modos do a) desvelamento (e) ciência, arte, circunvisão, sabedoria, pensamento (Ética a Nicômaco VI, 2-6)
SEGUNDO CAPÍTULO -  A gênese da sofi/a (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos
(ai) percepção sensível, e) a experiência, arte, e) ciência, sabedoria) (Metafísica I, 1-2)
TERCEIRO CAPÍTULO
 A questão acerca do primado da circunvisão ou da sabedoria como os modos mais elevados do a) desvelamento (Metafísica I, 2; Parte 2; Ética a Nicômaco VI, 7-10; X, 6-7)
TRANSIÇÃO
A FIXAÇÃO DO CAMPO TEMÁTICO A PARTIR DO ALHΘEUEIN
§ 27. O que foi realizado até aqui e a tarefa ulterior. O que foi realizado até aqui: a conquista do modo de acesso (=  desvelamento). A tarefa: fixação do tema a partir do a)lhθeu/ein (do desvelamento) em Platão (= diale/gesθai – exame dialógico). Primeira indicação do tema: a revolução do conceito de ser; o ser do não ser (= falso)
PARTE PRINCIPAL
A INVESTIGAÇÃO PLATÔNICA ACERCA DO SER – INTERPRETAÇÃO DE O SOFISTA – OBSERVAÇÕES PRÉVIAS
INTRODUÇÃO – A PREPARAÇÃO DO DIÁLOGO (O SOFISTA – 216a-219a)
PRIMEIRA SEÇÃO – A BUSCA DO LOGOS (LINGUAGEM) DA EXISTÊNCIA FÁTICA DO SOFISTA (O SOFISTA 219a-221c)
PRIMEIRO CAPÍTULO
 Um exemplo do método da definição. A definição do a
SEGUNDO CAPÍTULO
 A definição do sofista. Definição 1-5 (221c-226a)
TERCEIRO CAPÍTULO
 Excurso – Orientação sobre a posição de Platão em relação ao discurso. A posição de Platão em relação à retórica. Interpretações do Fedro
QUARTO CAPÍTULO
 As definições do sofista. Sexta e sétima definições (226a-236c)
SEGUNDA SEÇÃO – EXPLICITAÇÃO ONTOLÓGICA – O SER DO NÃO SER (236e-237a)
PRIMEIRO CAPÍTULO - As dificuldades no conceito de não ser (237a-242b)
SEGUNDO CAPÍTULO -  As dificuldades no conceito do ente. A discussão das doutrinas antigas e contemporâneas do ente) (242b-250e)
TERCEIRO CAPÍTULO -  A resolução positiva do problema por meio da (consonância entre os gêneros) (251a-264c)
ANEXOS
ADENDOS – A PARTIR DO MANUSCRITO DE HEIDEGGER
ADENDO ORIUNDO DO CADERNO DE S. MOSER
POSFÁCIO DA EDITORA


Heidegger


Um dos maiores pensadores do século XX, nasceu em 26 de setembro de 1889, na cidade de Messkirch, Alemanha. Foi assistente de Edmund Husserl e trabalhou como professor efetivo nas Universidades de Marburg e de Freiburg. Entre seus alunos estão algumas das figuras mais importantes do pensamento contemporâneo: Hannah Arendt, Hans Georg Gadamer, Herbert Marcuse, entre outros. Em 1927, publicou sua obra central, Ser e tempo. Sua obra completa possui quase 100 volumes e está dividida em ensaios, conferências, discursos, preleções e livros. Em português temos já uma gama significativa de traduções: Introdução à metafísica, Heráclito, Ensaios e conferências, Carta sobre o humanismo, Nietzsche: metafísica e niilismo etc. Heidegger faleceu em 26 de maio de 1976.

Leia a Resenha da tradução brasileira do Platão: O sofista de Martin Heidegger, feita pelo prof. Roberto S. Kahlmeyer-Mertens, Professor da UNIOESTE




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