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domingo, 17 de maio de 2015

31 - Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre muros


Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre muros, novo livro de Christian Dunker, é a prova maior da vitalidade madura do pensamento psicanalítico brasileiro e de sua capacidade singular de ampliação de seu universo de questões. Ele coloca a reflexão social psicanaliticamente orientada na linha de frente da construção de um modelo teórico no qual problemas nacionais são apresentados com um setor elucidativo de potencialidades ainda pouco exploradas ligadas a questões gerais de reconhecimento social. Dunker já vem, desde seu Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica: Uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento, se firmando como um dos mais originais psicanalistas da atualidade, graças à sua capacidade de fornecer chaves compreensivas que, ao mesmo tempo, recolocam a psicanálise em um espectro no qual clínica, teoria da cultura e história das ideias se encontram e abrem campos ainda inexplorados.
Não deixa de ser interessante salientar como, em um momento no qual a produção psicanalítica perdeu muito de sua força criativa em países onde ela sempre foi muito presente, é no Brasil que ela encontra atualmente uma renovação na aliança entre práxis clínica e teoria, não se contentando em pensá-las em dissociação.
O livro de Dunker tem ao menos quatro desenvolvimentos de grande originalidade, e um só bastaria para justificar seu interesse. Primeiro, ele consegue sintetizar um modelo de desenvolvimento de práticas disciplinares diferentes dos aparelhos ideológicos tradicionais, como família, Estado, Igreja, escola e empresa, entre outros. Trata-se do condomínio. Afinal, só mesmo um país como o Brasil poderia transformar um pesadelo distópico (a Alphaville do filme homônimo de Godard) em sonho de consumo. Dunker recebe na clínica pacientes que sofrem por viver a lógica do condomínio com seu tipo de figura de autoridade (o síndico), suas ansiedades e defesas contra o mal-estar. Vai da sua astúcia mostrar como essa forma singular de habitar produz modos de sofrer que lhe são próprios e que fornecem uma chave privilegiada para desmontar o nacional como patologia.
Boitempo Editorial
Páginas 416
Ano de publicação 2015



Christian Ingo Lenz Dunker
Psicanalista brasileiro, ligado à tradição lacaniana. Formado pela Universidade de São Paulo, onde obteve seus títulos de graduação, mestrado e doutorado Dunker possui também pós-doutorado pela Manchester Metropolitan University. Atualmente é professor Livre Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, no Departamento de Psicologia Clínica.


Fonte: Boitempo

sábado, 16 de maio de 2015

30 - Formas de Governo


Monarquia: o Estado monárquico pode ser conceituado pelo trinômio vitaliciedade/hereditariedade/irresponsabilidade. A célebre frase do rei Luís XIV, “O Estado sou eu”, reflete bem a ideia de monarquia, que é o governo no qual a figura do governante se confunde com a própria figura do Estado. Por conta disso, o governante só saía do governo quando morria; o cargo era passado para os parentes mais próximos e o rei não era responsabilizado por eventuais erros que cometesse em sua gestão (o rei não erra).
Hoje já existem as chamadas monarquias constitucionais, nas quais vigora um poder monárquico que não é absoluto, havendo formas de limitação e de atuação do povo no processo decisório.

República: nessa forma de governo, o Estado não pertence a nenhum rei, imperador ou deus, mas sim ao povo. Seu nome vem do latim res (coisa) + publica, ou seja, é um Estado que pertence a todos e que, assim sendo, é marcado pelo seguinte trinômio:eletividade/temporariedade/responsabilidade.
Dessa maneira, os representantes serão eleitos para mandatos temporários e haverá a possibilidade de se responsabilizar o mau governante.

Presidencialismo: nos países que adotam esse sistema, há um governante que acumula as funções de chefe de governo (chefia do poder executivo) e de chefe de Estado (representante diplomático).

Parlamentarismo: esse sistema separa as funções de chefe de governo e de chefe de Estado em duas autoridades diferentes. Um dos melhores exemplos é o caso da Inglaterra,onde o chefe de governo tem responsabilidade política, mas não tem mandato, podendo ser deposto pelo parlamento, que, por sua vez, pode ser dissolvido pelo chefe de estado, no caso a rainha. Nesse caso, a rainha “reina, mas não governa”


David Rubens

29 - O que é Comunismo?


O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.

"O Capital" de Karl Marx
As ideias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels. 

A Revolução Russa 
O grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.

Outros teóricos comunistas:
Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.

28 - Regimes Políticos, Sistemas de Governo

                

Autoritário ou não democrático: Nesse caso, as decisões políticas não decorrem da vontade do povo.
Democrático: São aqueles regimes nos quais o povo detém o poder. Demo significa‘povo’ e cracia significa ‘poder’. Assim, democracia denota poder do povo (soberania popular). Lincoln foi um dos que melhor definiu a democracia ao dizer que esta era “o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Os regimes democráticos subdividem-se em outros três regimes:
Democracia direta: o povo é argüido diretamente a respeito das decisões que o Estado deve fazer. Em virtude do crescimento dos Estados, é hoje um regime pouco utilizado (somente alguns cantões suíços ainda o utilizam).
Democracia indireta: nesse regime, o povo escolhe representantes que irão fazer as opões políticas o país. Não confunda eleição direta com democracia direta. Na eleição dos representantes na democracia indireta é utilizado o instrumento da eleição direta, que não se confunde com democracia direta.
Democracia semi-direta: quando convivem os dois sistemas anteriores. É o caso, por exemplo, do Brasil, onde o povo exerce sua soberania direta, por meio do plebiscito ou da iniciativa popular, por exemplo, e indiretamente, pela eleição de representantes políticos.


David Rubens

27 - Ideologias políticas: Liberalismo, Absolutismo, Socialismo e Capitalismo

Liberalismo

Liberalismo é o sistema político econômico com base na liberdade política e econômica.
E iniciou-se no século XVII através da ideologia proclamada pelo filósofo inglês John Lock.  O liberalismo marcou a idade média e se estendeu por séculos diante. A finalidade dos pensadores da época era cessar as guerras religiosas e melhorar as vidas das pessoas naquele momento.
O movimento ganhou força através do filósofo escocês Adam Smith no século XVIII. No entanto, nem todos os governos tiveram boa aceitação ao movimento, como aconteceu na Revolução Russa, onde o episódio foi praticamente anilado. Em outros países como nos Estados Unidos o liberalismo foi responsável por tornar o país na maior democracia do mundo.
O liberalismo deu a luz ao Capitalismo e ao término da Segunda Guerra Mundial o mundo ficou dividido entre dois sistemas: O Sistema Liberal, conhecido como Capitalista dominado pelos Estados Unidos e o Sistema Socialista liderado pela União Soviética.
Um ponto positivo do liberalismo foi o surgimento da democracia, mas os críticos políticos destacam também a desigualdade social, a pobreza e a exploração do trabalhador.

Absolutismo


Durante o período dos Séculos XV e XVIII, o Absolutismo foi predominante no sistema político dos países da Europa e foi o responsável pelas mudanças que ocorreram no continente no final da Idade Média. Suas principais características foram:
A centralização do poder ficava inteiramente nas mãos do rei. Ele criava as leis sem a aprovação do povo. Impostos e tributos eram criados conforme a necessidade do reino, como gastos com a manutenção de uma guerra, por exemplo. A burguesia o apoiava e em troca o rei procurava unificar a moeda e  fornecia segurança.
O rei também interferia nos assuntos religiosos chegando ao controle do clero e usava de extrema violência sob o povo, tendo o direito de vida ou morte sobre qualquer um.
O sistema econômico desta época foi o Mercantilismo, em que se procurava diminuir as importações, incentivar as exportações e explorar as colônias de maneira a cada vez mais enriquecer os cofres dos reinos.
Alguns reis desta época: Henrique VIII e Elizabeth I da Inglaterra e Luis XIV, dinastia dos Bourbons

Capitalismo


Capitalismo é o princípio político em que a distribuição da renda fica nas mãos das instituições privadas com fins lucrativos. Os lucros, as ofertas, os preços são decididos pelos empresários, que vendem seus produtos, serviços, investem, criam com livre decisão e o governo pouco interfere. Os donos das empresas ficam com os lucros, embora atualmente em algumas empresas brasileiras, no final do ano dividem resultados através do PLR (Participação dos lucros e resultados). É o sistema dominante no mundo e originário do liberalismo.
É um sistema que incentiva o crescimento econômico, há liberdade nas negociações, proporcionando a criatividade, o individualismo e a competitividade social, em que a maioria quer um “lugar ao sol” e isto a qualquer preço. Segundo os americanos, o capitalismo simboliza a liberdade, porque cada um pode ser dono do seu próprio negócio

Socialismo


O socialismo é o sistema político em que o governo controla toda a distribuição de renda do país procurando reparti-la de maneira igual entre todos. Qualquer propriedade deve ser pública ou coletiva, e o governo deve proporcionar igualdade de oportunidades e meios a todos de maneira a não haver injustiças sociais, e todos possam ter acesso a saúde, educação e salários similares.
Segundo Karl Max o socialismo derruba classe dos mais ricos e conclui que somente com a derrota da burguesia é possível  a ascensão dos trabalhadores.
Não há um sistema político perfeito. Tanto o Capitalismo como o Socialismo trouxeram benefícios e malefícios à sociedade. Um trouxe enriquecimento exarcebado para uns e empobrecimento de outros, porém, há oportunidades maiores para o crescimento pessoal e individual. No outro, o ideal de igualdade é bem vindo, porém a história mostrou que mesmo com a divisão dos bens, os pobres continuaram pobres, e muitos governos não souberam administrar os bens de maneira a ascender economicamente seus países. A maior representação da derrota do Socialismo foi à queda do muro de Berlim, em 1989.

David Rubens


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