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domingo, 22 de abril de 2012

01 - A Filosofia de Sócrates



Uma Aproximação de Sócrates



Introdução



Nascido em Atenas, Sócrates (469-399 a.C.) é considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Sócrates, porém, não deixou nada escrito, e o que se sabe dele e de seu pensamento vem dos textos de seus discípulos e de seus adversários.

Sócrates era filho de um escultor e de uma parteira. Dupla herança que, simbolicamente, o levou a buscar esculpir uma representação autêntica do ser humano, fazendo-o dar à luz suas próprias idéias. Sócrates desenvolvia o saber filosófico em praça pública, conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou moral.

Sócrates concentrou-se na problemática do ser humano. A pergunta fundamental que Sócrates tentava responder era: o que é o ser humano? Ele respondia dizendo que o ser humano é a sua alma, entendendo-se “alma”, aqui, como a sede da razão, o nosso eu consciente, que inclui a consciência intelectual e a consciência moral, e que, portanto, distingui o ser humano de todos os outros seres da natureza.

O autoconhecimento era um dos pontos básicos da filosofia socrática. “Conhece-te a ti mesmo”, era a recomendação feita por Sócrates a seus discípulos.



Dialética



A filosofia de Sócrates era desenvolvida mediante a dialética (diálogo crítico), o qual pode ser dividido em dois momentos básicos:

Ø  Refutação e ironia: Sócrates interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência profunda de suas próprias respostas, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos.

Ø  Maiêutica: Etapa em que Sócrates propunha uma nova série de questões, com o objetivo de ajudá-los a conceber ou construir suas próprias idéias. Maiêutica, palavra de origem grega que significa “ciência ou arte do parto”, ou seja, a obstetrícia.



Parteiro de almas



A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com a diferença de eu não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos, em seu trabalho de parto. Porém a grande superioridade da minha arte consiste na faculdade de conhecer de pronto se o que a alma dos jovens está na iminência de conhecer é alguma quimera e falsidade ou fruto legítimo e verdadeiro.



Uma ameaça social



Como não fazia distinção entre seus interlocutores e questionava tudo, foi considerado uma ameaça social, um subversivo. Recebeu a acusação de ser injusto com os deuses da cidade e de corromper a juventude. Foi condenado a beber cicuta, veneno mortal extraído de uma planta de mesmo nome.

Diante dos juízes, Sócrates assumiu uma atitude imperturbável, de quem nada teme. Permanecia absolutamente em paz com sua própria consciência.



Bem, é chegada a hora de partirmos, eu para a morte, vós para a vida. Quem segue melhor destino, se eu, se vós, é segredo para todos, exceto para a divindade.



Sócrates construiu uma personalidade corajosa, guiando sua conduta pelo critério de justiça que encontrou como correta. Viveu conforme sua própria consciência. Morreu sem ter renunciado a seus mais caros valores morais.



Análise:



Ø  Que fez Sócrates para ser considerado um elemento perturbador da democracia ateniense? Comente.



Reflexão:



“conhece-te a ti mesmo”.

Reflita sobre si mesmo, entenda suas preocupações, limitações, desejos, necessidades, e, através dessa busca, chegue a uma atitude mais reflexiva, mais equilibrada. 

             



Prof. David Rubens de Souza
Disciplina: Filosofia
Pindamonhangba-SP
25/03/2012 

Um comentário:

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