Propriedade e Impropriedade, Medo e Angústia
Qual o sentido da vida?
à
Consciência de estar vivos e de que vamos morrer
algum dia.
·
O sentido da vida
é passar os genes para frente: vivemos enquanto indivíduos para garantir a
continuidade da espécie como um todo.
·
Satisfação de nossas
necessidades vitais: Satisfação das necessidades é um meio para nos mantermos
vivos não a finalidade ou sentido da vida.
Os
animais vivem o momento, para eles não existe um passado nem um futuro, pois
para ter passado e futuro é preciso haver um sentido.
A morte
à
Atribuir um
sentido para existência.
·
Pensá-la como um
projeto: Uma parte por realizar que é condicionada pelo que já se fez.
·
Dimensão do tempo
só aparece quando percebo a minha finitude: um ser-para-morte.
·
Saber que se vai
morrer é o que desperta a questão do sentido: Se vamos morrer, que sentido tem
estar vivo?
·
A morte pode
despertar em nós dois sentimentos distintos: o medo e a angústia.
·
O medo nos faz não
pensar na morte, conversamos sobre a morte de outros, mas não da nossa.
Segundo
o filósofo Martin
Heidegger (1889-1976), o
medo nos convida a viver na impropriedade, não atribuímos sentido, deixamos que
os outros e as circunstâncias o atribuam. Vivemos num sentido impróprio que não
aponta em direção alguma, como uma finalidade sem fim.
A angústia
à
Por que nos
esforçamos por ser belos, ter dinheiro, possuir coisas? Claro, tudo isso pode
fazer sentido, mas como meio, não como fim em si mesmo. Na verdade, são na
maioria dos casos "sentidos emprestados", na falta de um sentido que
seja próprio.
·
A angústia abre a
inospitalidade do mundo, sensação de "ficar sem chão".
·
A angústia me
revela uma compreensão do meu morrer, que sou singular.
Meu próprio tempo
à
Sou um tempo que
se esgota: percebo que sou o meu próprio tempo, não o tempo dos relógios. Tempo
finito em que o presente só faz sentido em relação a um futuro, a um
projetar-se que me revela como realizador de minha própria história, que
realiza um sentido que eu mesmo escolhi como minha marca pessoal na história da
humanidade.
Conclusão
A
vida em si não tem sentido, somos nós que atribuímos um sentido para ela.
Prof. David Rubens
editorakerygma@hotmail.com
28/04/2012
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