Pseudônimo: Augusto
Olha,
olha!
Que
ser mais tosco, fútil, estranho, mesquinho;
Corrupto,
covarde e abjeto.
Esconde-se
por trás de uma escrivaninha,
De
uma política, de uma religião, de uma ideologia;
Por
trás das máscaras dos discursos.
Homo
sapiens
Rascunho
da ficção da modernidade no século XXI,
Pensas
que és racional só por que pensas?
Por
que emite sons coordenados?
Por
que escreve em uma linguagem vaga?
Ai!
Dá-me dor de cabeça, coisa ridícula!
A
tua vida e a dos outros
Desperdiçam
espaço na Natureza.
Tu
és só gastos para o governo, impostos e impostos,
Tu
és desperdício para a escola, pois não aprende,
Tu
não serves para santo, pois peca,
E
tu não serves para pecador, pois se arrepende.
Tu
não serves nem para o coveiro,
A
mais vil e insignificante das criaturas,
Que
logo lhe atira em uma vala qualquer,
Rindo
de sua caveira já oca;
E
também não servirás para a vala,
Que
logo a terra dá um jeito de te decompor,
E
as bactérias irão se sobrepor ao teu corpo.
Serás
apenas resto para o reles resto do resto,
A
carne que um dia foi rígida e jovial apodrecerá,
E
a última lembrança que terão de ti será de um cadáver;
Frio,
pálido e até já meio fétido, pouco antes de fecharem o caixão;
Mas
logo na Terra te esquecem, pois nem para memória serves,
E
logo nascem outros mil iguais e melhores que tu,
Que
não serves para nada, absolutamente nada.
Vencedor
do Prêmio X Festipoema, tradicional Festival de Poemas de Pindamonhangaba
que premia autores poetas e interpretadores da poesia num único certame,
estimulando, dessa forma, a criação poética e a arte da interpretação.
O
autor Fábio Augusto é meu aluno de filosofia em Pindamonhangaba-SP.
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