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sábado, 13 de fevereiro de 2016

51 - Michel Serres


Michel Serres (Agen, 1 de setembro de 1930) é um filósofo francês. Sua formação superior se inicia na Escola Naval em 1947 onde se licencia em Matemática. Como caminho natural, nos dizeres de Serres, do aprofundamento da matemática, surge a filosofia. Um dos fatos que fez com que Serres abandona-se a Escola Naval e fosse para as humanidades foi a leitura de Le pesanteur et la grâce de Simone Weil. Em seguida ingressa na École Normale Supérieure em 1952 onde fará seus estudos literários, obtendo também o título de Filosofia em 1955. Durante os anos de 1956 a 1958 Serres serve à Marinha francesa. De volta à vida acadêmica, recebe seu doutorado em 1968. Serres foi orientado em sua tese por Bachelard. A tese versou sobre a diferença entre o método algébrico de Boubaki. É neste momento que Seres aprender matemática moderna, estrutura, álgebra e topologia. Ainda na década de 60 passa pelas universidades de Clemont-Ferrand e Vincennes (Paris-VIII, onde leciona com Foucault), ocupando mais tarde a cadeira de História de Ciência na Sorbonne (Paris I).
No decorrer de sua formação filosófica, Serres percebe que a epistemologia não repercutia as revoluções científicas. “Os epistemólogos trabalham sobre ciências já ultrapassadas”. Em muitos momentos, Serres, aponta a demora dos ramos da filosofia em acompanhar as revoluções científicas. Segundo suas palavras a Bruno Latour, a filosofia nem sequer deu ouvidos no tempo de seu acontecimento os barulhos de Hiroshima. Serres começa a olhar cada vez mais para as revoluções científicas e menos para o arcabouço técnico-filosófico que as epistemologias se muniam.
A sua formação filosófica passa, nos seus dizeres, por três revoluções, (...) em primeiro lugar, a transformações matemática, passado do cálculo infinitesimal ou da geometria às estruturas algébricas e topológicas (...) A segunda foi de ordem física: eu aprendera a física clássica e, de repente, eis a mecânica quântica (...) a terceira revolução, posterior, ocorreu após ter conhecido Jacques Monod e tê-lo como amigo por muito tempo.
É por meio dessas misturas entre ciência, filosofia, letras, que Serres forjará sua filosofia, seu modo de pensar as ciências.
Desde 1984 é professor da Universidade de Stanford, sendo ainda eleito para a Academia Francesa em 1990.


David Rubens

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