28/6/1712, Genebra, Suíça
2/7/1778, Ermenonville, França
Da Página Três Pedagogia &
Comunicação
Bem no início do "Contrato
Social", Rousseau afirma que "o homem nasce livre, e por toda a parte
encontra-se a ferros". Discutindo esse fato, o filósofo criou uma das
obras fundamentais da filosofia política ocidental.
Jean-Jacques Rousseau perdeu a mãe ao
nascer e foi educado por um pastor protestante na cidade de Bossey (Suíça).
Voltou para Genebra e ali exerceu vários ofícios, entre eles o de gravador. Foi
ainda professor de música em Lausanne (também na Suíça).
Tornando-se amante de madame de Warens,
viveu com ela em Chambery (França) até 1740.
Em 1742, estabeleceu-se em Paris, onde
fez amizade com os filósofos iluministas (os chamados
"philosophes"), entre os quais estavam Diderot e Condillac.
Colaborou na "Enciclopédia" (coordenada por Diderot), escrevendo
diversos verbetes. Ainda em Paris, uniu-se a Thérèse Levasseur, com quem viveu
muitos anos.
Em 1749, a Academia de Dijon propôs um
prêmio para quem respondesse à seguinte questão: "O estabelecimento das
ciências e das artes terá contribuído para aprimorar os costumes?" Em
consequência do que ele mesmo considerou uma iluminação, Rousseau escreveu o
"Discurso Sobre as Ciências e as Artes", tratando já da maioria dos
temas importantes em sua filosofia e respondendo negativamente àquela pergunta.
Em julho do ano seguinte, recebeu o primeiro prêmio: uma medalha de ouro e 300
libras francesas.
Com a publicação dessa obra, Rousseau
conquistou reconhecimento. Seguiram-se anos de grande atividade reflexiva. Em
1755, publicou-se o "Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os
Homens". Em 1761, veio à luz "A Nova Heloísa", romance epistolar
que obteve grande sucesso. No ano seguinte, saíram duas de suas obras mais
importantes: o ensaio "Do Contrato Social" e o tratado pedagógico
"Emílio, ou da Educação".
Em 1762, Rousseau foi perseguido por
conta de suas obras, consideradas ofensivas à moral e à religião, e obrigado a
exilar-se em Neuchâtel (Suíça). Três anos depois, partiu para a Inglaterra, a
convite do filósofo David Hume.
Retornando para a França em 1767,
casou-se finalmente com Thérèse Levasseur.
Além de escritor e filósofo, Rousseau
foi um apaixonado por música. Estudou teoria musical, escreveu duas óperas
("As Musas Galantes" e "O Adivinho da Aldeia") e publicou
um "Dicionário de Música".
Em seus últimos anos, viveu sob a
proteção do marquês de Girardin, no castelo de Ermenonville, na França. Em
1776, publicou experiências, reflexões e sensações no livro "Os Devaneios
de um Caminhante Solitário".
Ao morrer, Jean-Jacques
Rousseau deixou vasta obra, cujo valor vem sendo permanentemente redescoberto.
Suas últimas experiências estão registradas nas "Confissões", obra
publicada postumamente.Fonte: jean-jacques-rousseau/
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