Edgar Morin, pseudônimo
de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), antropólogo, sociólogo e filósofo
francês judeu de origem sefardita.
Formado em Direito,
História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e
Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6
volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete
saberes necessários para a educação do futuro.
Durante a Segunda Guerra
Mundial, participou da Resistência Francesa.
É considerado um dos
principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da
complexidade.
Nascido em Paris, filho
único de uma família judia sefardi, seu pai, Vidal Nahoum, era um comerciante
originário de Salônica. Sua mãe, Luna Beressi, faleceu quando ele tinha 10
anos. Ateu declarado, descreve-se como um neo-marrano. Estudou direito,
história, filosofia, sociologia e economia. Em 1942, obteve a licenciatura em
direito e em história e geografia.
Em 1941, adere ao Partido
Comunista, num momento em que se sentia, pela primeira vez, que uma força
poderia resistir à Alemanha nazista.
Entre 1942 e 1944,
participou da Resistência, como tenente das forças combatentes francesas,
adotando o codinome Morin, que conservaria dali em diante.
Durante a Liberação, é
transferido para a Alemanha ocupada, como adido ao Estado Maior do Primeiro
Exército Francês na Alemanha, em 1945, e, em 1946, como chefe do departamento
de propaganda do governo militar francês. Nessa época, escreve seu primeiro
livro, “O Ano Zero na Alemanha”, publicado em 1946, no qual descreve a situação
do povo alemão no pós-guerra. O livro foi muito apreciado por Maurice Thorez,
que o convida a escrever para a revista Lettres françaises.
A partir de 1949,
distancia-se do Partido Comunista, do qual será excluído em 1951, por suas
posições antistalinistas.
Aconselhado por Georges
Friedmann, que conheceu durante a ocupação alemã, e com o apoio de Maurice
Merleau-Ponty, de Vladimir Jankélévitch e de Pierre George, entra para o CNRS
em 1950. Começa a escrever L’Homme et la Mort (“O Homem e a Morte”), lançado em
1951.
Em 1955, coordena um
comitê contra a guerra da Argélia e defende particularmente Messali Hadj,
pioneiro da luta anticolonial e um dos próceres da independência da Argélia.
Em 1960, funda, na École
des hautes études en sciences sociales (EHESS), o Centro de estudos de
comunicação de massa (CECMAS), com Georges Friedmann e Roland Barthes, com a
intenção de adotar uma abordagem transdisciplinar do tema, e cria a revista Communications.
Morin é também fundador da revista Arguments (1957-1963).
A principal obra de Edgar
Morin é a constituída por seis volumes, “La Méthode” (em português, O Método).
Foi escrita durante três décadas e meia. Trata-se de uma das maiores obras de
epistemologia disponível. Morin inicia os primeiros escritos de “La Méthode” em
1973, com a publicação do livro “O Paradigma Perdido: a Natureza Humana”, uma
transformação epistemológica por questionar o fechamento ideológico e
paradigmático das ciências, além de apresentar uma alternativa à concepção de “paradigma”
encontrada em Thomas Kuhn. Seu primeiro livro traduzido para o português é O
cinema ou o homem imaginário, em 1958.
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